Olá! Hoje vou postar aqui o resumo da parte I do livro “Faça a cabeça de seus filhos, sem perder a sua”. Li este livro e tirei várias coisas importantes, que apliquei na minha rotina.
Atualmente, criar um filho pode ser muito assustador. As crianças veem diariamente rogramas de televisão impróprios, tem acesso a jogos de vídeo game, violentos, e frequentam escolas sem valores. Será que as crianças podem passar por todo este conteúdo, preservando seus valores, com autoconfiança?
Muitos pais têm medo de não conseguir educar seus filhos e por isso, não tomam para si esta responsabilidade. Esperam que a escola, a comunidade ou a igreja o façam. Pais precisam de apoio, mas, não de pessoas que eduquem seus filhos.
Podem aprender com os próprios erros e educar melhor seus filhos, tornando-os crianças responsáveis e construindo uma relação feliz.
Não precisa ser perfeito ou o melhor, mas é necessário se dedicar.
A disciplina da realidade é inspirada na Bíblia e apresenta uma maneira de os pais amarem e disciplinarem seus filhos, sem ser autoritários ou permissivos.
Com o objetivo de oferecer formas específicas de usar a autoridade com amor e disciplina, são apresentados os princípios a seguir.
Estabelecer uma forma saudável de autoridade sobre os filhos: Os pais precisam estar no comando e os filhos querem que os pais sejam realmente pais. E esta autoridade deve ser uma demonstração de amor mais do que de poder.
Tornar os filhos responsáveis por suas atitudes: Devemos ensinar diariamente que toda atitude tem uma consequência, que pode ser positiva ou negativa.
Deixar que a realidade ensine: Os filhos podem errar, e o lar é o melhor lugar para que isto aconteça. Quando uma criança aprende com a realidade, guarda este aprendizado por toda a vida. O fracasso faz parte da vida e do amadurecimento, não manipule situações para oferecer um falso mundo perfeito ao seu filho.
Usar a ação mais do que as palavras: Estabeleça claramente suas expectativas e diga a seus filhos quais são as suas responsabilidades em relação à família, escola e outras pessoas. Deixe que suas atitudes falem por você.
Relacionamentos vêm antes das regras: As pessoas esperam regras sobre como educar uma criança, porém, não há regra. Você pode seguir seu instinto.
Conforme os filhos veem o comprometimento dos pais com a família, se tornarão comprometidos também. O relacionamento familiar deve ser prioridade.
Regras sem relacionamento levam à rebeldia.
Relacionamentos se constroem com a convivência. Os filhos precisam acreditar que mesmo que os pais se expressem de formas diferentes com seus diferentes filhos, ama-os da mesma forma.
Viver de acordo com seus valores: Para muitas pessoas está tudo bem trapacear, mentir, para se dar bem, e as crianças muitas vezes só observam e depois repetem as ações dos pais. Se queremos uma vida com valores, temos que ensinar isto aos nossos filhos. Não importa o tamanho da mentira, ela será sempre uma mentira, e mesmo que seja uma coisa simples, abrirá caminho para a multiplicação.
Faça a diferença: Muitos especialistas da atualidade dizem que os genes é que determinam como será uma pessoa, assim como as influências recebidas pelo círculo de amizade. Porém, analisando a vida de pessoas que cometeram crimes e estão presas, percebe-se que na grande maioria não foram criados em um lar onde pais se amavam e se respeitavam mutuamente. Os pais podem sim, fazer uma grande diferença, e precisam assumir seu papel. Os filhos devem crescer sabendo que não podem tudo, que na vida há regras e que devem ser seguidas. E se os pais tiverem paciência para ensinar isto aos seus filhos, com certeza fará deles, pessoas melhores.
Não se ensina fazendo tudo por um filho e tomando todas as decisões por ele.
Cada um deve caminhar com seus próprios pés, ter responsabilidade e ser responsável por seus atos. Um bebê precisa receber amor e carinho, porém, muitos pais, o colocam como o centro das atenções e não fazem mais nada. A criança deve ser introduzida na rotina da família e na fase bebê deve iniciar a disciplina em sua vida.
À medida que a criança cresce, há mais e mais decisões que ela deve tomar, e o lar deve ser um local para que faça o que deseja e aprenda mais sobre si.
As escrituras orientam um pai a ter autoridade sobre seus filhos, mas, isto não significa que deva ser autoritário. As crianças de hoje não estão programadas para responder ao autoritarismo ou a permissividade.
O autoritarismo é respaldado na força e muitas vezes os pais querem filhos submissos, agradáveis e fáceis de lidar. A disciplina deseja que se crie crianças comportadas, mas não facilmente controladas pelos outros. Que sejam crianças preparadas para um mundo turbulento, para pensarem por si mesmas.
Pesquisas mostram que a permissividade colhe rebeldia, crianças criadas sem limites sentem raiva por acharem que seus pais não se importam com o que fazem.
A autoridade é o caminho do meio, está entre o autoritarismo e a permissividade. Pais com autoridade não dominam ou tomam decisões por seus filhos, mas usam os princípios da disciplina pela realidade.
Disciplinar a partir da forma de agir, escutar o que tem a dizer e doar-se ao filho, é o caminho para disciplinar com amor.
Os pais precisam estar atentos às percepções de seus filhos para entender as necessidades específicas de cada um. A ordem de nascimento é um fator que influencia na forma como cada criança aprende e percebe sua família e muito desta percepção depende do lugar que ocupa na ordem de nascimento. O importante é que cada filho se sinta amado e respeitado de acordo com suas características.
O primogênito por exemplo, muitas vezes, sente que perdeu o trono, pois, tinha muita atenção e agora terá que dividi-la com o irmãozinho. Para amenizar esta situação é importante que haja comunicação e envolvimento.
Os pais podem explicar sobre a gravidez, a chegada do irmão e como a família terá que se adaptar. É conveniente que a criança participe dos cuidados com o bebê, para se senta parte deste momento. O pai é muito importante nesta tarefa, pois, pode organizar atividades com o primogênito nos momentos em que a mamãe terá que dispor de mais tempo para o bebê.
A realidade para as crianças é o que eles percebem, nem mais, nem menos. Por isso, é necessário a atenção para que cada filho se sinta amado do jeito que é.
Com o nascimento de um filho a mulher passa a ter muito mais tarefas e por isso, é importante que o marido participe, oferecendo algum tempo livre para a esposa.
As crianças são poderosas e farão de tudo para manter os pais por perto de acordo com seus interesses, ou seja, farão de tudo para controlar a situação. E esta situação pode causar muitos problemas entre o casal, por isso, o diálogo é fundamental. O casal deve guiar a educação de seus filhos, juntos, se apoiando nas dificuldades para alcançar o êxito.
Sempre que houver um conflito, a melhor alternativa é tirar a criança do centro das atenções. Não há show sem plateia.
As crianças estão sempre observando os adultos, principalmente os pais, para copiá-los.
Mais do que palavras é importante ter atitudes. Elas devem saber que seus pais não são de ferro e que tem sentimentos também. Tem alegrias, tristezas, medos, dúvidas e inseguranças. Tudo isso faz parte da vida e o fundamental é buscar a solução destes conflitos.
A punição e a recompensa devem ser trocadas pelo amor e encorajamento. As crianças devem ser encorajadas a colaborar com a família, por fazer parte dela e entender que todos precisam se ajudar para o bom funcionamento do lar. A criança pode ter uma mesada e administrá-la de acordo com seus interesses, mas, não deve estar condicionada a realizar tarefas familiares por dinheiro.
Porém, os filhos precisam saber que serão amados, independentemente de realizar alguma tarefa.
Se a punição tivesse efeito, não seria necessário punir duas vezes uma criança, pelo mesmo motivo. Ela só enfatiza a força, mostrando que o pai pode impor algo.
Educar demanda tempo, mas, a educação através da disciplina do amor garante que seus filhos sejam responsáveis, principalmente, quando não estão próximos aos pais. Pode ser que não seja um anjo, mas, com certeza existirá maior clareza e honestidade entre vocês.
Até crianças de três anos podem ter tarefas em casa, há coisas muito simples e que precisam ser feitas e vão encorajar os pequenos a colaborarem com a família, participar e tornar-se responsável. Inclusive as tarefas podem ser mudadas para despertar o interesse das crianças. Pode ser um acordo também, pois as habilidades são diferentes.
A palmada não é algo proibido, mas deve ser muito bem avaliada. Os melhores professores são as experiências decorrentes de fatos que realmente aconteceram.
O respeito é primordial para se criar uma relação saudável, e as crianças podem participar de atividades nas quais se sintam respeitadas e valorizadas.
Seja na organização de um armário de roupas ou uma caixa de brinquedos. Ambas auxiliarão seu filho a tomar decisões.
O respeito não é algo que se exige e sim algo que tem que ser conquistado.
Os pais precisam cuidar da saúde de suas famílias, aprendendo a resolver conflitos do cotidiano, sem fazer disso o maior problema do mundo.
As regras são as mesmas para lares com um único pai, porém, este deve ter em mente, que precisa de um descanso e muito equilíbrio, pois se torna uma pessoa sobrecarregada e tem que executar as regras sozinho. E se existir um ex-cônjuge que não concorda em ajudar, deve seguir as próprias regras, quando seus filhos estiverem com você.
Para famílias mistas, é necessário estabelecer regras claras sobre educação e respeito, pois, unir famílias com hábitos diferentes é ainda mais desafiador. O ideal é construir uma equipe, com paciência, valorizando cada integrante.
Neste livro são mostrados os princípios para a disciplina da realidade, porém, cada pai deve analisar seu filho e ver o que melhor se encaixa para cada um.
Não existe uma fórmula exata que atenda todas as famílias, é necessário adaptar até encontrar ações que despertem o resultado esperado.
As crianças muitas vezes fazem coisas erradas com o objetivo de chamar a atenção e nada melhor do que uma conversa para entender o motivo destas atitudes. Os medos diversos também devem ser analisados para que se encontre uma solução.
As brigas entre irmãos são muito comuns e tem o objetivo de colocar os pais como plateia deste espetáculo, assim, não participe a menos que seja uma situação de perigo. Ignore, tire-os de seu campo de visão e logo a briga perderá a graça.
Isto vale também para as fofocas, que se ignoradas, perdem sua importância.
Uma das tarefas dos pais, é ensinar seus filhos a pensarem nos outros e não somente em si próprios e aqui, cabe a prática mais do que as palavras.
Ensinar gentilezas também pode ser uma prática, seja gentil com as pessoas, principalmente dentro do seu lar e naturalmente isto fará parte do dia a dia dos seus filhos.
A escuta ativa é fundamental para que se suba os pequenos degraus do dia a dia de uma família, cada um deve ter a oportunidade de se expressar para o bem de todos e todos juntos devem ser encorajados a praticar a tolerância, o amor, a cooperação, apesar das diferenças. Isto faz com que se conquiste um pouquinho a cada dia e que a família se una e se ame cada vez mais.
Um grande beijo! Grata!
Elaine Gouvea
Organização em todos os sentidos