Na semana mundial de incentivo à amamentação, eu não poderia deixar de falar um pouquinho sobre o assunto.

Minha primeira experiência foi em 2006, com o nascimento da minha primeira filha. A vontade de amamentar era enorme e para minha sorte, deu tudo certo no início. Porém, quando comecei a pensar em voltar ao trabalho, o leite simplesmente, quase secou. Não achei que este fato pudesse provocar alteração na minha produção de leite, mas, atenta, busquei ajuda.

Em contato com a Pediatra Sandra Gianelo, fui orientada e sou muito grata pelo apoio e incentivo. Ela me mostrou que poderia continuar amamentando mesmo depois que voltasse ao trabalho. Aprendi a ordenhar e congelar meu leite e amamentei a Sophia até 1 ano e 10 meses.

Sophia sendo amamentada ainda no hospital.

Anos depois, foi a vez de mais uma experiência!!!!

A amamentação com a Lorena também correu bem, mas na volta ao trabalho, a empresa havia mudado para um prédio com muitos andares e não havia refrigerador para que eu armazenasse o leite ordenhado. Assim, decidi comprar um frigobar para facilitar. Quando falei para minha chefe sobre a minha necessidade, ela não só me apoiou, como sugeriu aos meus pares de equipe, que todos nós dividíssemos o valor do frigobar, assim, todos poderiam usufruir do equipamento, e eles concordaram. A Lorena foi amamentada até 2 anos e 5 meses.

Lorena sendo amamentada

Sou muito grata pelo sucesso da minha história de amamentação!!! Tive como meu primeiro apoiador, meu marido, que em nenhum momento me desencorajou ou criticou, pelo contrário, sempre me incentivou a fazer o que eu achava certo e melhor para nossas filhas. A toda minha rede de apoio, mãe, colegas de trabalho, pediatra e escola.

Foram anos dormindo pouco. Nunca pratiquei o desmame noturno, pois, trabalhava durante o dia e amamentava à noite. Se não estimulasse, deixaria de produzir e eu queria amamentar o máximo possível.

Hoje, olhando para trás, acho que foi tudo muito tranquilo, porém, fiquei sim, esgotada, cansada, insegura.

Quando minha mãe me disse que eu me apaixonaria pelo ato de amamentar, achei que ela poderia estar errada…, mas foi assim mesmo. Me apaixonei.

A paixão foi tamanha, que venho estudando e me tornei consultora em aleitamento materno. No momento, participo de um grupo de gestantes, levando a elas, informações sobre a importância do aleitamento materno. Muitas são jovens de 14 ou 15 anos, que já se encontram com a responsabilidade de criar um filho, quando ainda não se sentem criadas….

Enfim, desejo inspirar e encorajar muitas mulheres a tentar amamentar seus bebês e que se sintam realmente felizes em oferecer o melhor alimento que ele pode receber, o mais puro amor. E digo para as mulheres que por algum motivo não conseguiram amamentar, que sigam em frente e busquem outras formas para criação de vínculo com seus filhotes.

 

Espero que tenham gostado!!!

Um grande beijo!

Elaine Gouvea